segunda-feira, 22 de março de 2010

Chá das 23h: Canibalismo

Antigamente, para os egípcios, o leopardo era estimado por seu aspecto de divindidade e associado ao deus Osíris, juiz dos mortos, enquanto que para muitos africanos o leopardo é um animal-totem muito poderoso que guia os espíritos dos mortos ao seu descanço. Então, por vários séculos houve uma seita-leopardo na África Ocidental, mais precisamente na Nigéria e em Serra Leoa, onde seus membros matam como matam os leopardos, cortando sua presa humana à garras de aço e facas, para mais tarde beberem durante suas cerimônias o sangue e comer a carne da presa. Os iniciantes dessa seita, aspirando tornar-se membro efetivo, devem voltar da incursão noturna com uma garrafa cheia de sangue de uma possível presa humana para posteriormente beber na presença do grupo. Os membros dessa seita acreditam que há um elixir mágico, chamado borfima, no intestino da vítima, que lhes concede poderes sobre-humanos fazendo com que passem de ser seres humanos para serem leopardos. Um surto intenso de cultos dessa seita tomaram lugar logo após a Primeira Guerra Mundial, pois era acreditado que o culto tinha sido suprimido pelos brancos da região, ademais, muitos dos membros foram capturados e/ou executados. Assim, os homens-leopardo entraram na clandestinidade e passaram a praticar suas caças às escondidas, e por isso, não com tanta freqüência quanto um dia foi feita. Em 1946 foi registraado 48 casos de homicídio e tentativas de homicídio advindas do culto do leopardo, bem como foi conhecido que os homens-leopardo agora dirigiam a maioria de seus ataques aos homens brancos - talvez uma tentativa de convencimento da população nativa de que os homens-leopardo não tinham medo dos homens branco. Em meados de 1947, um chefe de distrito descobriu no leste da Nigéria 13 presas enterradas perto da casa de um chefe da seita leopardo, Nagogo, mais máscaras e peles de leopardo. Tal chefe fora encaminhado a uma prisão enquanto aguardava seu julgamento. Wilson, por haver descoberto essas 13 vítimas, foi encaminhado para a missão de acabar com a seita dos homens-leopardo e seu reino de terror que assustava a população local. Ainda assim, mesmo com o aumento de 200 oficiais, houveram várias pessoas que morreram como presas, inclusive durante o dia (mesmo que a maioria dos ataques fossem à noite), o que fez com que a população local desacreditasse nos esforços policiais e começassem a acreditar que os homens-leopardo tinha mesmo poderes sobre-humanos. Enfim, quando Wilson um dia fora atacado por um homem-leopardo com suas garras de ferro, Wilson atirou justamente no peito do agressr, e, como haviam testemunhas, isso de super-poderes foi desacreditado. Logo, cresceram rapidamente o número de testemunhas e o santuário da seita foi descoberto na selva, escondido em uma grande rocha.Em fevereiro de 1948, 73 membros foram indiciados e levados à prisão, alguns foram executados - dando a certeza de que os homens-leopardo não eram imortais que sumiam nas sombras. Curiosamente, apenas um mês antes dos julgamentos, três mulheres e quatro homens foram executados na Nigéria por causa da matança de de mais de 40 nativos; esse grupo trajava peles de leões e deixaram em suas vítimas marcas de garras...
Fonte: http://www.unexplainedstuff.com/Secret-Societies/The-Leopard-Men.html. Último acesso em 23 de março de 2010, às 02h18.

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