quarta-feira, 28 de abril de 2010

O fim da Primeira Guerra na África

A História da Primeira Guerra na África é bastante marcante. Os europeus, diante de um contexto imperialista, lutaram para garantir a territorialidade de mercados influentes.

No período antecedente à guerra, de aproximadamente 1815-1870, a África já era tomada por algumas potências européias, a exemplo da França, do Império Turco Otomano, de Portugal, da Grã-Bretanha, da Espanha, da Bélgica, da Alemanha e da Itália. Contudo, próximo ao final da guerra, em 1917, a África estava totalmente tomada por áreas de influências européias. Essa configuração africana de 1917 pode ser vista no mapa abaixo.

A França, presente na África desde 1830, dominava a Argélia, Tunísia, o Marrocos, o Sudão, a Ilha de Madagascar e a Somália francesa. A Inglaterra realizou o domínio vertical do continente, desde o mediterrâneo, ao norte, até o Cabo da Boa Esperança, ao sul. A supremacia britânica foi fortalecida com o domínio do Canal de Suez, anteriormente dominado pela França e pelo Egito. ´

Benjamin Disraeli foi o ministro britânico responsável por esse domínio que facilitava o encontro europeu-africano, aproximando os centros industriais às áreas coloniais. O Canal foi área de grande disputa, passando a ser administrado duplamente por França e Inglaterra, mas o domínio britânico foi proeminente quando concedeu parte do Marrocos à França, em 1904, deixando o caminho livre para sua dominação.

Os conflitos entre a Tríplice Entente e a Tríplice Aliança atingiram todas as colônias. Cada metro de território foi disputado pelas potências a custo de enormes perdas africanas. A destruição provocada pelo conflito espalhou-se por toda a África.

Com o final da Guerra, o Tratado de Paz de Versalhes, aplicou diversas sanções aos perdedores, principalmente, à Alemanha. Algumas diziam respeito diretamente ao território africano outrora dominado pela Alemanha. A França e a Inglaterra receberam da Liga das Nações todas as colônias alemãs na África.

Apesar da trágica crise que foi gerada pelo pós-guerra, diante dos incontáveis desastres materiais e das milhares de mortes de soldados africanos, os sobreviventes da guerra retornaram aos seus locais de origem com um forte sentimento de indignação diante da influência externa. Além do sentimento nacionalista que se aflorava, as condições de vida pioraram depois da guerra, gerando um ambiente de revolta. A partir dessa conjuntura, iniciaram os movimentos nacionais de libertação em nome da própria ideologia liberal. O processo de descolonização começara na África.


Referências Bibliográficas

ABRIL, Almanaque, 2008.

VICENTINO, Cláudio. História Geral. São Paulo: Scipione, 2006.

http://www.notapositiva.com/pt/trbestbs/historia/12primguerrmund.htm

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